- O Mundo Antes do Dinheiro: As Dificuldades do Escambo
- A Origem Natural do Dinheiro: A Solução Espontânea do Mercado Livre Segundo Rothbard
- Dinheiro Através da História: Exemplos de Mercadorias-Dinheiro
- Bitcoin à Luz de Rothbard: O Dilema da Moeda Digital
- Por Que Ler "O que o governo fez com o nosso dinheiro?"
Você já parou para pensar qual o significado do dinheiro que está na sua carteira ou conta bancária? De onde ele veio e por que o aceitamos em troca do nosso trabalho ou dos nossos bens? E a grande polêmica: Bitcoin é dinheiro?
Essas são perguntas fundamentais que muitas vezes passam despercebidas na correria do dia a dia. No entanto, a natureza e a origem do dinheiro são cruciais para o entendimento do funcionamento da economia.
Para entendermos profundamente o dinheiro que está em nossas mãos neste momento, recorremos às ideias centrais de Murray N. Rothbard, um economista influente e conhecido por suas profundas reflexões sobre dinheiro, liberdade econômica e o papel do Estado.
Este artigo está baseado no capítulo “O Dinheiro numa Sociedade Livre”, na renomada obra “O que o governo fez com o nosso dinheiro”, de Murray Rothbard e outras fontes de pesquisa que podem ser consultadas na seção final.

Livro: O QUE O GOVERNO FEZ COM O NOSSO DINHEIRO?
Nesta obra, Rothbard explora como o dinheiro surgiu naturalmente em um mercado livre, muito antes de qualquer carimbo governamental.
Vamos aprofundar agora!
O Mundo Antes do Dinheiro: As Dificuldades do Escambo
Antes de existir o dinheiro como o conhecemos, as sociedades dependiam do escambo, um sistema de troca direta de um bem ou serviço por outro.
Imagine um granjeiro que produz ovos e deseja um par de sapatos. Ele precisaria encontrar um sapateiro que não apenas tivesse sapatos para trocar, mas que também desejasse ovos naquele exato momento.

Um granjeiro tentando trocar ovos por sapatos
Unir esses desejos, por vezes, era quase impossível. Imagine agora que o granjeiro quisesse trocar seus ovos por sapatos, mas o sapateiro queria comprar um terno. Como unir o granjeiro, o sapateiro e o alfaiate em uma transação comercial?
Esse sistema, aparentemente simples, apresenta obstáculos imensos que impedem o desenvolvimento de uma economia mais sofisticada. Rothbard, destaca dois problemas fundamentais do escambo (troca direta):
- Indivisibilidade dos bens: Muitos bens não podem ser facilmente fracionados para facilitar trocas por itens de menor valor ou por uma variedade de outros produtos. Rothbard ilustra: “Como um construtor pagaria seus trabalhadores? Com pedaços da casa ou com materiais de construção que eles não poderiam usar?”. Se um agricultor possui um arado, uma ferramenta de grande valor, como ele poderia trocá-lo por pequenas quantidades de pão, ovos e roupas de diferentes produtores?
- Ausência de “coincidência de desejos” (ou dupla coincidência de desejos): Este é talvez o maior entrave do escambo. Para que uma troca direta ocorra, é necessário que duas pessoas se encontrem, cada uma desejando exatamente o que a outra tem a oferecer, e no mesmo período de tempo. Pense no “dilema de um escritor do Meia Ficha, que precisa encontrar um produtor de ovos que queira comprar algumas aulas de finanças em troca de ovos!”. A probabilidade de tal encontro é extremamente baixa em uma sociedade com muitos indivíduos e uma variedade gigantesca de bens e serviços.
Portanto, fica claro que uma economia minimamente complexa, que permita unir o que cada pessoa sabe produzir de melhor, e trocar por aquilo que necessita ou deseja, seria necessária.
As limitações do escambo não são meros inconvenientes do dia a dia. São barreiras fundamentais ao progresso econômico. Se cada pessoa precisasse ser autossuficiente ou encontrar uma dupla coincidência de desejos (trocar sapatos por ovos, conforme nosso exemplo), seria impraticável.
Sem a especialização (aquilo que cada pessoa sabe fazer de melhor), a produtividade permaneceria baixa, e a sociedade estaria fadada a um nível de desenvolvimento primitivo.
Assim, a superação dessas ineficiências tornou-se uma necessidade para a evolução da civilização. Vejamos então como foi a origem natural do dinheiro.
A Origem Natural do Dinheiro: A Solução Espontânea do Mercado Livre Segundo Rothbard
Confrontados pelas severas limitações do escambo, os indivíduos, por meio de um processo de tentativa e erro, descobriram uma solução engenhosa: a troca indireta.
Em vez de buscar incessantemente a dupla coincidência de desejos, as pessoas perceberam que poderiam trocar seus produtos por um bem intermediário.
Esse bem intermediário não seria necessariamente para seu consumo direto, mas sim um que fosse mais “comerciável” ou “vendável”, ou seja, mais facilmente aceito por outros em trocas futuras.
O granjeiro do nosso exemplo anterior poderia trocar seus ovos por manteiga, não porque precisasse de manteiga, mas porque sabia que o sapateiro aceitaria manteiga em troca dos sapatos.

Com este estoque de manteiga, daria para comprar um carro?
Com o tempo, e à medida que as trocas indiretas se tornavam mais comuns, certas mercadorias começaram a se destacar por sua superior comerciabilidade.
Diversos fatores contribuíam para isso: alta demanda geral (muitas pessoas a valorizavam), divisibilidade (poder ser fracionada sem perder valor), durabilidade (não se deteriorar rapidamente), portabilidade (ser fácil de carregar) e alto valor por unidade de peso (pequenas quantidades valerem muito).
Essas mercadorias altamente comerciáveis passaram a ser cada vez mais procuradas, não apenas por sua utilidade original, mas também por sua função como facilitadoras de trocas.
Essa demanda adicional como meio de troca aumentava ainda mais sua comerciabilidade, criando um ciclo auto-alimentável. Eventualmente, uma ou duas mercadorias emergiram como universalmente aceitas em quase todas as transações dentro de uma comunidade. Nesse ponto, essas mercadorias se transformaram em dinheiro.
Para Rothbard, este é um ponto crucial: o dinheiro é uma mercadoria.
Ele não surge como um símbolo abstrato ou por decreto de uma autoridade (pelo menos não em sua origem espontânea no livre mercado). É um bem com utilidade própria, que, devido às suas qualidades e à dinâmica do mercado, adquire uma função adicional e vital: a de meio de troca.
Aqui entra um dos conceitos mais importantes da teoria monetária de Rothbard (e de seu predecessor, Ludwig von Mises): o Teorema da Regressão.
Este teorema postula que, para uma mercadoria ser aceita como dinheiro, ela deve ter possuído um valor de uso prévio no escambo, antes de adquirir sua função monetária.
A demanda inicial por um bem como dinheiro está ligada ao conhecimento dos preços passados dessa mercadoria em seus usos não monetários.
O valor do dinheiro, portanto, “regressa” no tempo até o ponto em que era apenas uma mercadoria valorizada por sua utilidade direta (por exemplo, ouro para ornamentos, sal para conservação).É por isso que, segundo Rothbard, “o governo é completamente impotente para criar um dinheiro do nada”, pois o dinheiro precisa ter um preço preexistente, derivado de seu valor como mercadoria, para ser demandado.
O surgimento do dinheiro, como uma ordem espontânea do mercado, trouxe imensos benefícios para a humanidade:
- Superou os problemas de indivisibilidade e ausência de coincidência de desejos do escambo.
- Facilitou enormemente a especialização e a divisão do trabalho, permitindo um aumento exponencial da produtividade e da riqueza.
- Permitiu o cálculo econômico. Com preços expressos em uma unidade monetária comum, os empreendedores puderam começar a comparar custos de produção com receitas de venda, avaliar lucros e prejuízos, e assim alocar recursos de forma mais racional e eficiente para satisfazer as demandas dos consumidores.
Este processo de surgimento do dinheiro é um exemplo clássico do que os economistas chamam de “ordem espontânea”.
Não houve um inventor do dinheiro ou um decreto que o estabelecesse. Pelo contrário, foi um desenvolvimento gradual, impulsionado pelas ações de inúmeros indivíduos buscando facilitar suas próprias trocas.
Essa preferência coletiva por bens mais “vendáveis” elevou certas mercadorias ao status de meio de troca geral.
Por isso, O Teorema da Regressão é a peça-chave que ancora o valor desse dinheiro nascente à utilidade real de uma mercadoria, fornecendo a base inicial de confiança necessária para sua aceitação.
Sem essa ligação histórica a um bem com valor de uso direto, seria difícil entender por que as pessoas inicialmente confiariam em algo novo como meio de troca. A “comerciabilidade” em si não é uma propriedade fixa, mas dinâmica; o que é mais comerciável pode variar, embora certas qualidades como durabilidade e divisibilidade sejam sempre vantajosas.
Isso ajuda a explicar por que diferentes culturas, em diferentes épocas, utilizaram mercadorias distintas como dinheiro, todas seguindo, no entanto, o mesmo processo fundamental de seleção pelo mercado.
Dinheiro Através da História: Exemplos de Mercadorias-Dinheiro
A teoria de Rothbard sobre a origem do dinheiro como uma mercadoria selecionada pelo mercado encontra respaldo em inúmeros exemplos históricos.
Diferentes civilizações, em diversas épocas e locais, utilizaram uma variedade de bens como dinheiro, todos eles possuindo um valor de uso reconhecido antes de assumirem sua função monetária. Vejamos alguns.

Romanos já usaram Sal, Ouro e Prata como dinheiro
- Romanos: Antes da cunhagem de moedas sofisticadas, os romanos utilizavam gado (pecus), de onde se acredita derivar a palavra latina para dinheiro, pecúnia, e também pedaços de bronze de formato irregular, conhecidos como aes rude (bronze bruto). Estes últimos precisavam ser pesados a cada transação para determinar seu valor (parece o bitcoin, não?). O gado tinha valor óbvio para alimentação, trabalho e produção de couro, enquanto o bronze era usado para ferramentas e armas. Posteriormente, moedas como o denário (prata) e o sestércio (bronze) passaram a ser utilizadas.
- Egípcios: A economia do Antigo Egito, por muito tempo, operou com um sistema de escambo altamente desenvolvido. Embora a cunhagem de moedas só tenha sido introduzida tardiamente (por volta de 500 a.C.), os egípcios utilizavam certos bens de forma padronizada para facilitar as trocas. Grãos, especialmente a cevada, cerveja (por isso que gosto dos Egípcios), óleo e metais como ouro, prata e cobre eram valorizados por peso. O deben, por exemplo, era uma unidade de peso (cerca de 91 gramas) frequentemente usada para ouro, prata ou cobre, servindo como padrão para estabelecer o valor dos bens nas trocas, embora não fosse uma moeda em si. Os usos não monetários desses bens são evidentes: grãos e cerveja para alimentação, e metais para ornamentos, ferramentas e utensílios.
- Persas: O Império Aquemênida, sob o reinado de Dario I, introduziu o Dárico, uma moeda de ouro de notável pureza (aproximadamente 8,4 gramas, com pureza de cerca de 95,83%). O ouro, antes de ser cunhado, já era amplamente valorizado para ornamentação, joalheria e como símbolo de riqueza e poder.
- Maias (e Astecas): Nessas civilizações pré-colombianas, as sementes de cacau eram amplamente utilizadas como moeda de troca. Relatos históricos indicam que existiam “preços” estabelecidos em sementes de cacau: por exemplo, um coelho poderia custar 10 sementes, enquanto um escravo poderia valer 100 sementes. O uso não monetário do cacau era como alimento e para a produção de uma bebida apreciada (chocolate), muitas vezes com conotações rituais.
- Incas: A civilização Inca não possuía um sistema monetário formal como o conhecemos hoje, com moedas padronizadas. No entanto, certos itens de valor eram consistentemente utilizados em trocas e desempenhavam funções cerimoniais importantes, operando como uma espécie de “dinheiro primitivo”. Entre esses itens, destacam-se:
- Conchas Spondylus (mullu): Altamente valorizadas, usadas em rituais como oferendas aos deuses, encontradas em sepultamentos da elite e associadas à fertilidade e à água. Seu valor era primordialmente cerimonial e de status.
- Pimenta ají: Usada como tempero, em rituais e com fins medicinais. Servia também como “moeda” para trocas de pequeno valor.
- Folhas de coca: Utilizadas em rituais, para fins medicinais, e mastigadas para amenizar a fome, o frio e o cansaço. Cestos de coca representavam medidas de valor.
- Hachitas (machadinhas de cobre): Pequenas peças de cobre em formato de machado, com alta pureza (cerca de 99% de cobre), divisíveis e fáceis de transportar. Eram encontradas em contextos cerimoniais e funerários da elite, e sua forma não era adequada para uso como ferramenta ou arma, sugerindo uma função de valor. O cobre, em outras formas, era usado para ferramentas, mas as hachitas parecem ter tido um papel mais simbólico e de valor. Mesmo o valor cerimonial e de status das conchas Spondylus representa um “uso” e uma “demanda” significativos dentro da sociedade inca, cumprindo o requisito de valor prévio do Teorema da Regressão.
A diversidade dessas mercadorias-dinheiro, surgindo em culturas distintas e com valores de uso prévio variados, ilustra a universalidade do processo descrito por Rothbard.
Não foi uma coincidência. A lógica da troca indireta e a seleção da mercadoria mais comerciável parecem ser respostas naturais e eficientes aos problemas inerentes ao escambo.
Observa-se também uma tendência histórica, ainda que não perfeitamente linear, em direção a mercadorias com qualidades superiores para a função monetária, como os metais preciosos, que oferecem maior durabilidade, homogeneidade e valor concentrado.
Isso não invalida as formas anteriores, mas demonstra um processo de otimização conduzido pelo mercado ao longo do tempo.
Bitcoin à Luz de Rothbard: O Dilema da Moeda Digital
A emergência de ativos digitais, como o Bitcoin, no século XXI levanta questões fascinantes quando analisada sob a ótica da teoria da origem do dinheiro de Murray Rothbard, especialmente conforme delineada no livro “O que o governo fez com o nosso dinheiro”. Para realizar essa análise, precisaremos revisitar o Teorema da Regressão de Mises.
Conforme Rothbard argumenta, seguindo Mises, para que algo se torne dinheiro, deve ter se originado de uma mercadoria com valor de uso não monetário prévio, estabelecido no escambo.
A demanda por dinheiro, e consequentemente seu valor, está ancorada no conhecimento dos preços passados dessa mercadoria em seus usos originais. Sem essa história, seria difícil para as pessoas confiarem e aceitarem um novo item como meio de troca.
A questão central para o Bitcoin, então, é: ele existia como uma mercadoria com valor de uso antes de qualquer função de troca ou antes de ter um “preço” em termos de outros bens?
O Bitcoin foi concebido e lançado em 31 de outubro de 2008. Diferentemente do ouro, que era usado para joias, ou do sal, usado para conservação de outros alimentos, além de ser um tempero, o Bitcoin parece não se encaixar no molde de uma mercadoria física com utilidade direta e preexistente à sua função monetária.

E se um dia tivermos Bitcoins físicos, em ouro? Isso daria lastro à moeda virtual? Seria considerado Dinheiro?
Do ponto de vista estrito de Rothbard, onde o dinheiro emerge de uma mercadoria física útil que gradualmente adquire uma função monetária, o Bitcoin apresentaria um desafio significativo a essa definição. Eis os motivos:
- Ausência de um corpo físico de mercadoria com valor de uso prévio e independente: Não existia um “Bitcoin-mercadoria” sendo consumido ou utilizado na produção de outros bens antes do surgimento do “Bitcoin-meio de troca”. Sua existência inicial foi como código e rede, projetado desde o início com a intenção de ser uma forma de dinheiro digital.
- A questão da “primeira troca”: Alguns argumentam que o Bitcoin adquiriu valor quando foi trocado pela primeira vez por moedas fiduciárias estabelecidas, como o dólar americano. Esses dólares, por sua vez, têm uma história regressiva que, em última instância (embora de forma imperfeita e há muito rompida), remonta a uma base de mercadoria (ouro). No entanto, essa é uma regressão indireta. O foco de Rothbard é na emergência direta de uma mercadoria que se torna dinheiro por suas próprias qualidades e demanda no mercado. Se o Bitcoin precisou de um preço em dólares para começar a ter valor monetário para um público mais amplo, seu valor não “regrediu” a um uso próprio como “mercadoria Bitcoin”, mas sim ao valor do dólar. Isso o tornaria um fenômeno de origem diferente daquele descrito para o surgimento primordial do dinheiro.
Convenhamos, a criação de quaisquer ativos digitais, não poderia ser concebida e analisada por Murray Rothbard naquela época.
É importante notar que o debate sobre se o Bitcoin cumpre ou não o Teorema da Regressão é intenso e complexo dentro da própria escola austríaca de economia.
Alguns teóricos argumentam que o “uso” inicial do Bitcoin como uma tecnologia de pagamento inovadora ou como um ativo digital com certas propriedades desejáveis (escassez, descentralização) poderia constituir um tipo de “valor de uso” subjetivo, mesmo que não físico.
George Pickering, por exemplo, ao analisar Mises, sugere que o teorema requer apenas que a mercadoria fosse subjetivamente valorizada e trocada antes de seu uso como meio de troca, não necessariamente que tivesse um uso “objetivo” não monetário tradicional.
No entanto, a ênfase de Rothbard em “O que o governo fez com o nosso dinheiro” parece recair mais fortemente na ideia de uma mercadoria útil e tangível que gradualmente ganha função monetária.
O Teorema da Regressão foi formulado no contexto de mercadorias físicas. A linguagem utilizada por Rothbard nesse capítulo específico sugere que ele pensava em termos de bens com qualidades físicas discerníveis e uma utilidade direta que fundamentava sua valoração subjetiva inicial.
Portanto, aderindo estritamente aos critérios apresentados por Rothbard, o Bitcoin, como uma criação puramente digital sem um corpo de mercadoria física preexistente com uso não monetário, não se encaixaria diretamente na sua descrição da origem do dinheiro.
Isso não nega o Bitcoin como um fenômeno econômico ou como um ativo com valor, mas o coloca em uma categoria diferente em termos de sua gênese, quando comparado ao processo evolutivo de mercadorias como ouro ou prata se tornando dinheiro.
Se a sociedade irá adotar o Bitcoin como dinheiro em algum momento, não podemos afirmar nem que “sim” e nem que “não”. O que podemos afirmar é que o Bitcoin está aí desde 2008, resistindo ao tempo e ganhando cada vez mais adeptos.
Minha opinião? Bitcoin, por enquanto, é uma mercadoria, cuja função é ser trocado por outra mercadoria (casos menos significativos de uso) e por dinheiro (com referência ao Dólar). Se o Bitcoin é uma mercadoria, já cumpre parte do propósito para se tornar dinheiro. Vejamos.
Por Que Ler “O que o governo fez com o nosso dinheiro?”
Aqui no Meia Ficha, nos empenhamos para que cada um dos nossos leitores possam formar sua opinião própria, seja sobre finanças, mercado, investimentos ou liberdade.
Adotamos o princípio da soberania individual, e o que importa é a sua opinião, suas decisões. Afinal o risco e o mérito, serão seus e somente seus.
Por isso, recomendo fortemente a leitura completa do livro de Murray N. Rothbard, disponível em português “O que o governo fez com o nosso dinheiro?”. É mais do que um tratado teórico; é uma análise histórica poderosa que traça a evolução do dinheiro e detalha as consequências, muitas vezes nefastas, das políticas monetárias governamentais.
Ludwig von Mises, mentor de Rothbard, ao revisar o manuscrito original, elogiou a capacidade de Rothbard de explicar um assunto “extremamente complicado” de forma “clara e reveladora para o leigo”.
Ao ler esta obra, você pode esperar:
- Ganhar clareza sobre fenômenos econômicos persistentes como a inflação e os ciclos de expansão e recessão, e como eles se relacionam com a manipulação da oferta monetária.
- Desenvolver um olhar mais crítico sobre o sistema financeiro atual, os bancos centrais e as políticas monetárias que afetam diretamente seu poder de compra e suas economias.
- Entender os fundamentos de um “dinheiro são” e por que Rothbard o considerava essencial para a liberdade individual, a prosperidade econômica e a prevenção de crises financeiras.
- Descobrir uma narrativa envolvente que, como afirmam leitores e críticos, transforma a história do dinheiro em um relato “emocionante”, que influenciou gerações de economistas, investidores e cidadãos preocupados.
Aqui, tratamos apenas do capítulo 2 desta importante obra. O restante do livro detalha as consequências de quando essa natureza é, na visão de Rothbard, subvertida.
Se a clareza obtida neste artigo despertou sua curiosidade, a obra completa de Rothbard certamente expandirá sua compreensão do mundo financeiro e do impacto das decisões governamentais sobre o nosso dinheiro.
E você pode adquirir esta importante obra diretamente na Amazon, com a parceria do Meia Ficha.

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Não posso ajudar você a calcular o preço justo de 1 Bitcoin, posso te ajudar a calcular o preço teto de uma ação pagadora de dividendos, leia.
E se fosse minha atribuição definir alguma mercadoria como dinheiro, seria a cerveja e ponto final!
Ademais, forte abraço.

Continue aprendendo…
- A History of Money and Banking in the United States: The Colonial Era to World War II https://www.amazon.com/History-Money-Banking-United-States/dp/0945466331
- What Has Government Done to Our Money? and The Case for a 100 Percent Gold Dollar – Amazon.com https://www.amazon.com/What-Government-Money-Percent-Dollar/dp/0945466447
- What Has Government Done to Our Money? – Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/What_Has_Government_Done_to_Our_Money%3F
- Money in a Free Society | Mises Institute https://mises.org/articles-interest/money-free-society
- Sem o dinheiro, não há nem civilização e nem progresso – Mises … https://mises.org.br/article/1502/sem-o-dinheiro-nao-ha-nem-civilizacao-e-nem-progresso
- COMMENT ON RASHID’S “ROTHBARD ON MONEY: A CRITICAL TEXTUAL EXEGESIS” – CiteSeerX https://citeseerx.ist.psu.edu/document?repid=rep1&type=pdf&doi=72dc36413e02b6fbdbf9e58670bb8c8501b89e9c
- To Understand Economics, First Understand Private Property | Mises … https://mises.org/mises-wire/understand-economics-first-understand-private-property
- Roman Republican currency – Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/Roman_Republican_currency
- Roman Republic – The Barber Institute of Fine Arts https://barber.org.uk/roman-republic/
- Aes rude – Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/Aes_rude
- Moeda da Roma Antiga – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda_da_Roma_Antiga
- The Ancient Egyptian Economy – Rosen Learning Center https://rosenlearningcenter.com/article/689/the-ancient-egyptian-economy?username=rosensample&password=rosensample
- Ancient Egyptian Coins – Egypt Tours Portal https://www.egypttoursportal.com/en-us/ancient-egyptian-coins/
- rosenlearningcenter.com https://rosenlearningcenter.com/article/689/the-ancient-egyptian-economy?username=rosensample&password=rosensample#:~:text=He%20might%20barter%20grain%20for,weight%20was%20called%20a%20deben.
- Ancient Egyptian Coins – Trips In Egypt https://www.tripsinegypt.com/blog/egyptian-civilization/ancient-egyptian-coins/
- Dárico – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A1rico
- O Tempo em que o cacau era moeda | Pedaços de Cacau https://pedacosdecacau.pt/blog/o-tempo-em-que-o-cacau-era-moeda/
- www.teses.usp.br https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8153/tde-30122001-125037/publico/MARTINS_CRISTIANA_2001.pdf
- Regression theorem – Wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/Regression_theorem
- The Relevance of Bitcoin to the Regression Theorem: A Reply to … https://mises.org/quarterly-journal-austrian-economics/relevance-bitcoin-regression-theorem-reply-luther
- Bitcoin, the Regression Theorem, and the Emergence of a New Medium of Exchange https://mises.org/quarterly-journal-austrian-economics/bitcoin-regression-theorem-and-emergence-new-medium-exchange
- What Has Government Done to Our Money?: Murray N. Rothbard: 9781610161428: Amazon.com: Books https://www.amazon.com/What-Has-Government-Done-Money/dp/1610161424
- What Has Government Done to Our Money? | Mises Institute https://mises.org/library/book/what-has-government-done-our-money
- What Has Government Done to Our Money? – Mises Institute https://cdn.mises.org/files/2024-08/What%20Has%20Government%20Done%20to%20Our%20Money%202024.pdf
- What Has Government Done to Our Money?: Rothbard, Murray N.: 9781469971780: Amazon.com: Books https://www.amazon.com/What-Has-Government-Done-Money/dp/146997178X